A gamificação (gamification) é a aplicação mecânica e do pensamento de games em um ambiente diferenciado, como é o caso do mundo corporativo, essa é a explicação resumida dada por Karl Kapp, especialista em gamificação aplicada em aprendizagem e também professor na Bloomburg University of Pennsylvania.
História por trás da Gamificação
O conceito por trás da gamificação existe desde a década de 1960, sendo mencionado inicialmente por Howard Rheingold em 1985, para descrever como os jogos de computador e outros aspectos da cultura popular, poderiam ser utilizados para a motivação, engajamento e aprendizado.
A ideia por trás do conceito era a de que as mecânicas do jogo fossem usadas para motivar o comportamento e incentivar os usuários a concluir tarefas de maior nível de prazer, se sentindo mais valorizados pelo seu trabalho.
Como a Gamificação nas organizações pode ser vantajosa?
A gamificação nas organizações tem sido um recurso muito explorado, principalmente quando se trata de práticas de RH e gestão de pessoas como ferramenta fundamental para: envolver, ensinar, recompensar e reter profissionais.
O recurso pode ser um fator importante para melhorar os resultados em uma corporação, graças a fatores, como:
Engajamento
O engajamento dos times está intimamente ligado à geração de resultados nas empresas. Esta é uma ferramenta que permite que se crie uma cultura de engajamento do zero.
Plataformas gamificadas que se assemelham ao contexto lúdico presente nos games permitem que os profissionais possam acompanhar facilmente o seu próprio progresso, além de conseguirem ter um maior autoconhecimento sobre os seus pontos fortes e fracos. No geral, a interação se torna um processo divertido e envolvente.
Aprendizado e ferramenta de integração
O aprendizado em uma estrutura gamificada será caracterizado pela adição de elementos do jogo a áreas como conclusão de tarefas e participação.
Já a integração poderá se tornar uma experiência mais envolvente usando dinâmicas como níveis de jogos, por exemplo: o profissional começa no nível iniciante e vai avançando conforme se desenvolve na compreensão do funcionamento organizacional como regulamentos, processos, cultura, etc.
Maior adaptabilidade às mudanças
A gamificação de processos de mudança permite às empresas a adaptação constante de seus times a um fluxo incessante de tecnologia em evolução, mudanças rápidas no mercado e diante das principais tendências quanto ao comportamento dos clientes.
Alinhamento com as metas
No ambiente organizacional é um agente que incentiva comportamentos com a oportunidade de mensuração.
Times podem ser conectados aos objetivos e aos valores da empresa por meio de softwares. Aplicada de maneira assertiva, potencializa as práticas de feedback, recompensas e conquistas que geram interações que inspiram.
Apenas benefícios neste conceito? Existem ressalvas!
O futurista, Gilberto Lima Jr, presidente do Instituto Illuminante de Inovação, apresenta uma abordagem que vale a pena conhecer em seu artigo A Gameficação Humana” – Quem ganha e quem perde neste jogo?.
Dentre as reflexões do especialista, está a gamificação em uma reflexão mais ampla, também personificada em ofertas instantâneas que se antecipam às necessidades ou desejos por produtos/serviços, assim como se relaciona à prática hoje comum da indexação de palavras digitadas nas buscas virtuais.
Também aponta o objetivo de ganho de vantagens por meio do conceito com as ofertas de “Cash Back”, “Pontos de Milhagem”, “Programas de Fidelização”, entre tantos outros, presentes nas “regras do jogo consumista”.
Mas, em contrapartida, Gilberto reflete sobre a busca por um estado de consciência baseado no autoconhecimento das potencialidades humanas, ilimitadas, assim como na autonomia de suas escolhas, ou seja, relacionado ao exercício do livre-arbítrio.
Segundo ele, é preciso perceber as influências desse movimento (Matrix) obter o “domínio” sobre elas e, não o contrário, que costuma ocorrer de maneira encantadora e inconsciente.
“Precisamos transpor as armadilhas do materialismo que nos padroniza e estimula sempre ao ter, ao possuir, ao acumular, ao disputar, ao depender da aprovação alheia e à permanente competição num mundo de “likes” e de toxidade digital”.
Quanto à gamificação para as organizações em uma aplicação estratégica e consciente: muito a agradecer! Quando se pensa no conceito em termos mais generalistas de como influencia o mundo, é preciso se esforçar… porque “se beneficiar” também tem a ver com autorreflexão e liberdade.
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