A pesquisa “Making Hybrid Work Human” (Humanizando o Trabalho Híbrido) é um estudo realizado pelo Economist Impact e patrocinado pelo Google Workspace.
Foi publicado em 2021 aqui no Blog Plano, o artigo Guia de Mitos e Verdades no Trabalho Remoto, quando essa era uma realidade ainda recente para grande parte das organizações ao redor do mundo, que tiveram que repensar sua atuação, assim como colaboradores dividiam opiniões entre vantagens e desvantagens desse modelo de negócio. Porém hoje o modelo de trabalho híbrido é uma realidade e como empresas e colaboradores têm partilhado essa experiência?
Uma das principais descobertas dessa pesquisa global foi a de que 77% dos trabalhadores híbridos concordam que os seus gerentes precisam de treinamento mais específico para gerenciar equipes híbridas.
Com as ferramentas e orientações adequadas, as equipes híbridas podem ter sucesso e gerar impacto, não importa onde trabalhem.
Quatro tipos de trabalhadores híbridos segundo a pesquisa
O Economis Impact classificou os profissionais em quatro categorias: evangelistas, pragmáticos, imparciais e indecisos e cada um deles com maior ou menos adesão ao modelo híbrido segundo aspectos comportamentais.
A pesquisa utilizou como parâmetros para a análise, sentimentos quanto ao trabalho híbrido: cuidado com os filhos, duração do trajeto e estilos pessoais de trabalho.
Evangelista
O evangelista sente-se feliz com o híbrido. Esses profissionais desejam que este modelo permaneça e geralmente trabalham totalmente fora do local de trabalho. Mas a questão que fica para as empresas é: como manter esses colaboradores satisfeitos com esse modelo?
Oferecer as melhores estruturas e ferramentas para uma comunicação e espaço colaborativo saudáveis é o caminho mais assertivo para que as empresas consigam atender às necessidades desses colaboradores.
Pragmático
O pragmático (otimista, mas enfrentando desafios). Esses profissionais precisam ser ouvidos. Quando questionados se estão satisfeitos com o trabalho híbrido, respondem: sim, mas… São pessoas que questionam mais os limites entre vida profissional e pessoal e acreditam que algo no modelo híbrido ainda não funciona tão bem.
Esses profissionais necessitam de comunicação clara que os leve à compreensão sobre o modelo de trabalho e sobre maneiras de tornar essa relação trabalho/vida pessoal equilibrada.
Imparcial
O imparcial se sente bem, mas espera por contínuas mudanças. Esse perfil deseja principalmente a melhora do diálogo. Esses profissionais acreditam que uma melhor comunicação e colaboração irão fortalecer a cultura de confiança no local de trabalho nessa nova realidade.
Esses profissionais esperam maior movimento das organizações em que trabalham quanto à promoção de conexão social, a um ambiente inclusivo que permita uma maior troca de conhecimentos e experiências que leve ao fortalecimento de uma cultura de confiança.
Indeciso
Esses profissionais necessitam de conexão, direção e melhores tecnologias. Eles querem ouvir a gestão, estão procurando encontrar benefícios que sejam significativos no trabalho flexível.
Esses profissionais precisam de maiores esclarecimentos quanto às políticas híbridas por meio de uma comunicação ativa e, além disso, é fundamental que as empresas fortaleçam o sentimento de pertencimento em sua equipe com constantes atualizações sobre projetos e conquistas de toda a empresa.
Como as lideranças devem agir diante dessas diferentes perspectivas quanto ao trabalho híbrido?
Pode-se dizer que a ferramenta mais importante a ser aprimorada pelas lideranças é a comunicação clara quanto às expectativas da empresa (se estão alinhadas com o que é esperado pelos profissionais), cultura, políticas adotadas, caminhos para o futuro, etc.
Além disso, é esperada uma melhor conexão e direcionamento quanto às ferramentas que tornam o trabalho híbrido mais fluido no cotidiano (slack, teams, etc.).
De satisfeitos a indecisos, o que se espera é um posicionamento efetivo diante da nova realidade de trabalho e pessoas mais preparadas para conduzir os times nas organizações. No Google, por exemplo, a identificação destes perfis é essencial e as equipes são distribuídas conforme essas particularidades.
Em qual destes perfis você mais se encaixa? Você de alguma forma percebe que falta algum preparo quanto ao gerenciamento no trabalho híbrido?
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