A pesquisa The Reinvention of Company Culture (A Reinvenção da Cultura da Empresa), publicada recentemente pelo LinkedIn, tem trazido importantes discussões.
Foram consultados 24 profissionais de talento, líderes em todo o mundo, e analisados dados propriedade do LinkedIn obtidos de milhões de pesquisas de engajamento de funcionários e bilhões de ações na plataforma, para compreender como uma cultura de cuidado se tornou ativo fundamental para empresas de todo o mundo.
Logo no início, é apresentada a frase de Peter Drucker “A cultura come a estratégia no café da manhã”, ou seja, por mais que uma organização tenha um bom plano, com objetivos muito bem definidos e financeiramente se encontre em equilíbrio, se suas ações não estiverem alinhadas à cultura do negócio, as coisas não vão acontecer.
Na pandemia, vimos uma aceleração nas discussões em torno da reinvenção da cultura organizacional, maior demanda por automação, ascensão dos millennials e da geração Z na força de trabalho e as “reorganizações” que esses fatores impõem.
As pessoas hoje estão buscando a liberdade para trabalharem onde e quando quiserem e, além disso, têm priorizado escolhas que favoreçam o seu bem-estar.
Na Plano, somos responsáveis por transformar organizações em todas as suas complexidades envolvendo, inclusive, a cultura, por isso, separamos alguns dos dados importantes desse levantamento realizado.
Evolução da cultura organizacional ao longo dos anos – Ser humano no centro
A reinvenção da cultura, necessidade fortalecida ainda mais por conta da pandemia de Covid-19, está baseada em algumas características, como: flexibilidade, assincronia, confiança, pertencimento e foco no bem-estar.
A CHRO (sigla em inglês para o cargo de Líder de Recursos Humanos) da Thompson Reuters, Mary Alice Vuicic, diz que “pessoas estão querendo mais flexibilidade para que possam encaixar o trabalho em suas vidas” em vez de “encaixar as suas vidas pessoais no trabalho”.
O sócio-diretor da Plano, Jose Carlos Torquato, acredita que o ser humano é integral no ambiente organizacional (seja ele remoto ou presencial), ou seja, engloba todas as particularidades de sua vida pessoal, profissional e é resultado de acontecimentos, de escolhas, etc., sendo assim, não se pode “separar vida pessoal da vida profissional”.
A pesquisa do LinkedIn mostrou que a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional estava em primeiro lugar na lista de prioridades de candidatos em busca por novas oportunidades de emprego, seguido por remuneração e benefícios.
Por muito tempo, organizações acreditavam que poderiam tornar o escritório uma “espécie de lar” para os seus colaboradores, por meio de atividades de lazer como pingue-pongue ou cafés da tarde.
Porém o que esse estudo mostra é que, atualmente, as organizações com visão de futuro, estão trabalhando junto aos colaboradores para que as suas casas se tornem um ambiente saudável de trabalho.
Pessoas desejam equilíbrio entre vida pessoal e profissional mais do que o salário quando buscam por novo emprego.
A pesquisa mostrou que:
- 63% preferem equilíbrio entre vida e trabalho;
- 60%, compensação e benefícios;
- 40%, colegas e cultura.
A pesquisa também oferece um breve panorama sobre a cultura prevalecente nos anos 1990, 2000 e 2020.
1990 – Empresas buscavam sempre por cortar custos e, diante dessa realidade, os funcionários se sentiam vulneráveis a cortes de pessoal e demissões.
2000 – A cultura de startups de tecnologia (Vale do Silício, Google, entre outras) veio para revolucionar o local de trabalho. A competição por talentos e o desejo em manter pessoas nas equipes, levou organizações a enxergarem as suas pessoas como o seu principal ‘capital humano’. O encorajamento à colaboração era algo que começava a ganhar força.
2020 – A cultura empresarial focada no ser humano começa. O cenário pandêmico e de pós-pandemia leva pessoas a refletirem sobre o que é mais importante e o foco está no bem-estar e na satisfação pessoal. Gestores e colaboradores estão na fase de construção de relacionamento novo e mais dinâmico, baseado na confiança e na empatia.
Flexibilidade – Quando e onde trabalhamos
A pesquisa do LinkedIn também mostrou que a flexibilidade estava entre os principais requisitos dos profissionais em busca por novas oportunidades de trabalho.
E atualmente as organizações têm repensado a sua cultura em torno dessa liberdade que tanto influencia as suas operações que se tornam mais voltadas ao desempenho de seus times, quanto às pessoas, que adaptam o trabalho à rotina de maneira que consigam oferecer o seu melhor.
O levantamento evidenciou que em 2021 em comparação a 2019, houve aumento de:
- + 83% de vagas de emprego mencionando flexibilidade como benefício;
- + 343% de menções de flexibilidade nos cargos das organizações;
- + 35% de engajamento quando uma organização menciona a flexibilidade.
Aumento na busca por bem-estar
Pesquisa também mostrou que as empresas em todos os lugares do mundo estão descobrindo que o seu próprio bem-estar está intimamente ligado ao bem-estar de seus colaboradores, o que envolve (mental, físico, emocional e financeiro).
A empatia também foi mencionada como um importante pilar em todas as culturas.
O conteúdo de bem-estar repercutiu consideravelmente em 2021 em comparação a 2019, principalmente entre as mulheres e mostra aumento de mais de:
- + 147% na parcela de vagas que mencionam bem-estar como benefício;
- + 73% de postagens de empresas sobre bem-estar;
- + 5% de engajamentos com posts que mencionam “bem-estar”;
- + 41% de probabilidade de que as mulheres se envolvam com posts de bem-estar na empresa, em comparação aos demais conteúdos.
Reorganização – que leva empresas a reconsiderar os seus valores
No tópico “A Grande Reorganização” presente na pesquisa, foi mostrado que a pandemia estimulou times de trabalho a priorizarem o seu bem-estar e a buscar por oportunidades que pudessem oferecer a flexibilidade de trabalharem de onde e quando quisessem.
Essa grande mudança reforçada pela pandemia, leva líderes organizacionais a repensarem os seus modelos de trabalho, cultura e valores da empesa.
Profissionais estão em busca por cada vez mais: propósito, flexibilidade e empatia.
Organizações presas a velhos hábitos que não permitem que as pessoas encontrem os seus próprios caminhos dentro da jornada de trabalho, de acordo com as suas habilidades e desejos, estão fadadas ao fracasso.
Busca-se cada vez mais por um caminho de “equidade” em que empresas e seus times possam ter as suas necessidades satisfeitas.
No LinkedIn, as pessoas em 2021 estavam postando mais sobre esses tópicos-chave:
- + 362% buscavam por flexibilidade no trabalho;
- + 35%, por conteúdos sobre bem-estar;
- + 15%, por cultura organizacional.
A reinvenção da cultura está acontecendo. Empresas estão percebendo a importância da mudança e pessoas têm procurado por lugares que ofereçam maior autonomia. As mudanças continuam e os desafios se tornam cada vez maiores.
A sua organização é o lugar que as pessoas estão buscando?
Acesse a pesquisa completa The Reinvention of Company Culture (A Reinvenção da Cultura da Empresa) – https://bit.ly/38ez24Y
Gostou do conteúdo? Compartilhe e troque experiências em sua rede.
A Plano também está presente nas redes: Instagram, Facebook e Linkedin. Segue a gente por lá!
Leia também:
Team building como estratégia de integração de times e alta gestão – Como funciona?
Colaboração no trabalho – tudo começa na cultura e liderança