A Web Summit é a maior conferência sobre tecnologia, inovação e empreendedorismo da Europa e, neste ano, bateu recorde de público, fazendo da cidade portuguesa, Lisboa, o centro das atenções de empresários, investidores e de novos empreendedores.
Após a fase crítica da pandemia, a tendência no mercado corporativo tem sido a de “correr atrás” das novidades para não ficar de fora dos principais movimentos tecnológicos que acontecem ao redor do mundo.
A Plano auxilia grandes organizações públicas e privadas a se transformarem digitalmente e, por isso, o tema tecnologia e inovação é parte de nossa rotina.
Neste ano, em parceria com a Lecom Tecnologia, estivemos no SECOP (Seminário Nacional de TIC para Gestão Pública), um evento de TIC muito importante para o setor público do Brasil.
A Plano e a Lecom apresentaram dois cases de sucesso em Transformação para o Governo Digital no Brasil: um realizado na Prefeitura de Santos e, o outro case, no município de Maricá, em que foram apresentados os impactos positivos dessa transformação.
Na Prefeitura de Maricá, por meio da automação de processos, inúmeros serviços que antes eram realizados presencialmente, agora podem ser acessados pelos cidadãos de forma totalmente digital. A arrecadação no município teve aumento de 4 milhões em comparação a períodos anteriores.
Na Prefeitura de Santos, com a implantação do BPM/ECM pela Lecom, o case recebeu o prêmio WfMC (21ª edição do WfMC Global Award for Excellence in BPM and Workflow), que reconhece as organizações que se destacam na implementação de soluções inovadoras de processos de negócios e que atendem aos objetivos estratégicos.
O que movimentou o Web Summit 2022 também tem feito muito barulho por aqui, aliás, especialistas estiveram recentemente presentes em nosso podcast, Plano Talks, e parte da discussão foram temas relacionados à transformação digital e inovação.
Quais são as principais tendências relacionadas à transformação digital entre organizações do mundo todo? É sobre isso que iremos falar!
Principais discussões em torno da Tecnologia e Inovação no Web Summit 2022
Muitas palestras e participações marcantes fizeram parte no Web Summit 2022, como a do Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ministrando a palestra “A route for doing business in Latin America” (Uma rota para fazer negócios na América Latina).
Porém, duas discussões causaram grande impacto entre os participantes, sobre o Metaverso, iniciada pela chefe de produto da Meta, Naomi Gleit, e sobre a Inteligência Artificial (IA), pelo linguista, filósofo e ativista, Noam Chomsky, e pelo cientista de Inteligência Artificial da Universidade de Nova Iorque, Gary Marcus.
“Metaverso não quer substituir o mundo real.”
Essa foi uma afirmação de Naomi Gleit, desmistificando a ideia que muitas pessoas têm de que o mundo virtual irá substituir o mundo real, para ela, o metaverso vem para complementar e tornar as experiências tecnológicas cada vez mais imersivas.
O intuito do metaverso é o de trazer impactos positivos sociais, como, por exemplo, para a área da saúde, em que a nova realidade poderá ser utilizada para treinar operações cirúrgicas e para possibilitar ao cirurgião mais informações por meio dos óculos de realidade virtual.
E quanto às reuniões de vídeo, parte da realidade remota de milhões de empresas?
O linguista Naomi acredita que o futuro das videochamadas com o metaverso está em criar uma maior noção de espaço e de proximidade entre as pessoas, principalmente por meio do áudio espacial e, ao invés de caixas com a cara das pessoas, o que se terá é a visão ampla sobre cada participante. Exposição demais? Isso daria outra discussão!
O futurista e humanista digital, Gilberto Lima Jr., em sua participação no podcast, Plano Talks, trouxe o tema Jornada da Transformação Organizacional e Digital e, discutiu sobre o papel das organizações a partir da apropriação das tecnologias de forma crítica e não de simplesmente seguir as tendências sem questionar:
“Como melhorar as suas entregas utilizando as ferramentas tecnológicas que se tem hoje? O pensamento humano tem se desenvolvido também por conta da tecnologia, que impacta nas crenças e valores. Se as empresas não olharem para isso, não perceberem os impactos que as tecnologias provocam e se não tiverem um propósito firme, sucumbirão”, argumenta.
“Prevejo que 2023 seja o ano da primeira morte atribuível à Inteligência Artificial.”
A frase polêmica foi do linguista, filósofo e ativista, Noam Chomsky, que completou dizendo que sua preocupação é a de que os sistemas não conseguem distinguir o que é o mundo real do que não é o mundo real.
Já o cientista de IA na Universidade de Nova Iorque, Gary Marcus, disse que os sistemas até acertam de vez em quando, mas o problema é quando não contribuem corretamente, levando as pessoas a receberem “maus conselhos”.
Chomsky foi além, dizendo que embora a IA tenha uma boa engenharia, trata-se de uma má ciência, pois não ajuda as pessoas a compreenderem o que as rodeia, levando a uma produção de ‘desinformação’.
Mas não é apenas Chomsky ou Marcus, muitos especialistas ao redor do mundo têm apimentado essas discussões sobre as falhas de contribuição da IA à sociedade. O coordenador do Comitê de Inovação, Tecnologia e Governança na RGB (Rede Governança Brasil), consultor de políticas públicas e professor, Walter Marinho, no podcast Plano Talks falou sobre Inteligência Artificial e Governança de Máquinas para Tomada de Decisões.
O especialista mencionou as questões de ética e governança de máquinas no cenário de Nova Iorque:
“Em Nova Iorque, utilizam a inteligência artificial e a governança de máquina para a condenação de criminosos, mas por não existir ética e governança no algoritmo que tomou a decisão, estavam condenando pessoas negras em determinadas regiões, sem a visão humana. Entre o negro e o branco, a condenação para o mesmo crime era dada à pessoa negra, sob um viés racista. Este é um exemplo prático de quando não se tem ética e governança na inteligência que levou à tomada de decisão”, explica.
Walter também acrescentou que é preciso entender que “a Inteligência Artificial não é inteligente e nem artificial”, pois se trata de probabilidades matemáticas, se assemelhando a mais uma planilha no Excel do que com a visão dos “robôs dominando o mundo”.
As tecnologias só avançam, mas o quanto as organizações estão sendo críticas em relação a isso? Ter avanços tecnológicos, sem dúvida, é importante, mas avançar na visão humana para acompanhar essa evolução, é crucial.
Sua organização necessita de uma transformação organizacional e digital? Vamos conversar!
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