O relacionamento intergeracional (trocas entre gerações) é cada vez mais comum no ambiente das organizações, sendo assim, quais os principais ganhos e impactos das diferentes gerações atuando juntas no ambiente de trabalho?
Dentre as gerações, encontram-se:
- Veteranos: nascidos entre 1925 e 1944;
- Baby Boomers: nascidos entre 1945 e 1960;
- Geração X: nascidos entre 1961 e 1980;
- Geração Y (Millennials): nascidos entre 1981 e 2000;
- Geração Z: nascidos a partir de 2001;
- Geração Alpha: que ainda não está no mercado de trabalho (pessoas nascidas a partir do ano 2010).
Principais impactos do relacionamento intergeracional nas empresas
Os principais impactos e conflitos do encontro de pessoas que pertencem a gerações distintas no ambiente organizacional podem ser percebidos por meio de três fatores-chave: modo de aprendizado, modelo de trabalho e comunicação.
Modo de aprendizado
Cada perfil geracional também apresenta diferentes respostas quanto a modelos de aprendizado. Algumas pessoas têm maior facilidade com o aprendizado de maneira linear (treinamentos mais extensos, por exemplo), já outras se dão melhor com aprendizados sob demanda, (exemplo sobre esse aprendizado) como é o caso da geração Y.
O desafio é propor maneiras de aprendizado que atendam aos diferentes perfis.
Modelo de trabalho
Cada geração tem uma visão distinta sobre vários aspectos da vida e profissão, obviamente essas vivências impactam em como esses perfis aderem ao modelo de trabalho adotado pela empresa.
As gerações mais antigas, por exemplo, ainda carregam uma visão ‘comando e controle’, ligada à obediência e cumprimento de regras, já as gerações mais novas não veem mais sentido em regras rígidas.
A nova realidade de trabalho híbrido, por exemplo, pode ser muito mais desafiadora às gerações acostumadas a seguir regras do que com aquelas mais flexíveis quanto a mudanças.
Comunicação
E a maneira de se comunicar não poderia ficar de fora quando se fala em conflito geracional, afinal, muitas mudanças têm ocorrido ao longo dos anos, principalmente reforçadas pela pandemia.
As gerações mais antigas estão acostumadas a reuniões e interações presenciais, enquanto as mais novas se comunicam através de diferentes meios eletrônicos e preferem interações profissionais de alinhamento que sejam rápidas e sucintas.
Essas diferenças resultam em possíveis mal-entendidos no ambiente de trabalho, mas compreendê-las é fundamental para uma comunicação que possa se fazer clara para todos os perfis.
Aqui na Plano, reunimos diferentes visões e perfis geracionais e, embora as diferenças surjam no decorrer das interações, o que é inevitável, o ganho em trocas e aprendizados tem sido incrível.
Para identificar oportunidades é importante compreender que a história tem ciclos
A futurista brasileira, especialista em Novas Economias, criadora da ferramenta de gestão estratégica, Fluxonomia 4D e fundadora do movimento Crie Futuros, Lala Deheinzelin, participou do Web Summit 2022, em Lisboa, um dos eventos mais importantes da Europa sobre tecnologia, inovação e empreendedorismo.
Ela é considerada uma das 100 mulheres do mundo que estão cocriando a nova sociedade e a economia e em entrevista trouxe reflexões sobre os impactos do relacionamento intergeracional diante de novas oportunidades.
“A primeira coisa importante a compreender é que a história tem ciclos. Dá para saber onde estamos. O ciclo maior de todos é o da própria vida que quer evoluir. Evoluir é se organizar de formas mais colaborativas”, acredita a futurista.
A especialista aponta que em ciclos maiores ocorre alternância entre momentos de concentração mais centralizados e momentos mais horizontais (em rede), com foco maior no coletivo: “Estes são ciclos de 500 anos, mais ou menos. O último deles foi o que resultou na ponte Portugal e Brasil, graças às estruturas horizontais dos jesuítas, por exemplo”.
Lala explica que o ciclo mais curto é o de 90 anos, que corresponde às estações do ano, sendo o “inverno” o representante da crise, com exemplo das guerras e depressão de 1929. Mas após o período de crise, é o momento de organizar novas maneiras que beneficiem o coletivo.
Ela ressalta que estamos vivenciando novamente o período de inverno (crises) e que, seja qual for o ciclo enfrentado, a chave para lidar com o momento da melhor maneira está na colaboração, no fazer juntos e criar novas instituições, ferramentas e plataformas para isso.
“A boa notícia é que nunca tivemos tanta condição de chegar realmente em um estágio de evolução de bem comum, como agora. Podemos perceber o que está acontecendo globalmente graças à tecnologia e antes não era dessa forma”, acredita.
Tradição e futuro se encontram no PRESENTE
Diferentes perspectivas são fundamentais para a expansão de uma organização, sendo assim, a contribuição do relacionamento intergeracional é uma das principais chaves para a evolução que está acontecendo agora!
Compreender as tradições e lidar com o novo é um importante desafio às organizações, já o futuro, pode-se pensar como o resultado de como as diferenças dialogam e caminham juntas no presente. Como é o relacionamento intergeracional em sua organização?
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