Como o mundo de hoje apresenta volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, a transformação ágil ganha espaço como alternativa às práticas de gestão utilizadas nos últimos 50 anos. Afinal, por dependerem excessivamente da previsibilidade, as antigas técnicas se revelaram frágeis nesse novo cenário.
Não por acaso, a transformação ágil se pauta pela inovação e humanização, criando uma estrutura sustentável, flexível e adaptativa para entregar valor ao cliente e responder às mudanças de cenário de forma célere. O que, à sua maneira, colide com a visão já estabelecida em diversos negócios.
Então, para que você se conscientize da importância de promover mudanças, abordamos as principais características desse novo jeito de gerir. Continue lendo este conteúdo para compreender o assunto de uma vez por todas!
Por que precisamos de uma transformação ágil?
Durante muito tempo, as técnicas de gestão foram centradas na ideia de planejamento. Há 50 anos, tudo sempre começa com modelos reduzidos de uma realidade que se pretende executar ou vivenciar no longo prazo. Você já parou para refletir sobre isso?
O problema é que, enquanto o plano permanece estático, a realidade muda. A validade das decisões dificilmente supera os 30 dias, porque o contexto exige a revisão de metas, planejamentos e cronogramas. Do contrário, como o futuro não corresponderá ao que foi traçado, restará a frustração.
E mais! Nos últimos 20 anos, com a internet, o tráfego de informações trouxe ainda mais instabilidade para o contexto. Vivemos em um mundo VUCA, caracterizado por volatilidade (volatility), incerteza (uncertainty), complexidade (complexity) e ambiguidade (ambiguity).
Logo, diante da fragilidade de técnicas baseadas em previsibilidade, a transformação ágil se revela uma opção para os negócios garantirem a sobrevivência e o sucesso.
Como a transformação ágil ocorre?
A mudança se inicia com a transformação do mindset das empresas. É preciso desenvolver uma atitude reflexiva a respeito da variabilidade das coisas e do mundo, estabelecendo-se um posicionamento organizacional que lide melhor com a instabilidade. O que passa por uma flexibilização que possibilite a constante mudança para adaptação ao contexto.
Nesse sentido, os planejamentos devem considerar intervalos cada vez mais curtos. Se antes um produto passava anos em fases de testes antes de ser colocado no mercado, hoje já se cria o MVP (Minimum Viable Product, em português, produto mínimo viável) e já se desenvolve com base nos feedbacks dos clientes.
Além disso, diante da volatilidade, complexidade, incerteza e ambiguidade, o ponto central é o contexto da colaboração e a inteligência coletiva, porque o conhecimento individual é insuficiente para abranger todas as variáveis.
Consequentemente, a mudança de mindset e de atitude também deve abranger a gestão de pessoas. Afinal, para que haja liberação da inteligência coletiva, é necessário um ambiente de confiança, respeito mútuo e propósitos comuns. Isto é, o profissional precisa estar inserido em um contexto que o motive a participar.
Por fim, lembre-se de que a transformação ágil não está restrita a um único departamento, mas deve abranger toda a organização. O negócio deve ser uma rede colaborativa, capaz de se adaptar e de usar a inteligência coletiva, com o objetivo de não ser frágil e prosperar no caos.
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Quais são os valores e princípios das organizações ágeis?
Os negócios que se submeteram a uma transformação ágil apresentam determinadas características. A partir delas, é possível extrair alguns valores e princípios para servirem de referência.
Organização distribuída
Ao eliminar hierarquias nas empresas, ou seja, em uma organização distribuída, as decisões deixam de ser concentradas em uma única pessoa ou estrutura, concedendo autonomia com responsabilidade, compartilhando propósitos e criando vínculos de confiança, entre outros aspectos.
Foco em resultados
Estar centrado na entrega de valor. O cliente é quem define, e as organizações se adaptam às exigências. Afinal, não adianta gastar energia com um produto qualquer, que não atende às expectativas do consumidor, porque ficará nas prateleiras.
Cultura de colaboração
Gerar condições para um contexto de colaboração e uso da inteligência coletiva. Trata-se de uma cultura fundamentada na confiança, no livre compartilhamento de conceitos e experiências, bem como no reconhecimento do erro como parte do processo de evolução.
Flexibilidade e adaptação
Mudar de maneira constante para permanentemente ser capaz de entregar valor para o cliente. Os prazos de uma organização ágil são mais curtos, havendo uma preocupação com a adaptação para responder aos diferentes cenários e com o aprendizado contínuo.
Como implementar a transformação ágil?
A mudança do mindset da organização demandará a participação ativa dos gestores. Por isso, para que você tenha uma ideia do processo, trouxemos algumas dicas de implementação.
Utilize o ciclo PDCA
Planeje com base em intervalos mais curtos e realistas, execute as diretrizes e, rapidamente, verifique se as ações produziram os resultados esperados. Posteriormente, aprenda com o feedback e implemente as mudanças no plano de ação, reiniciando o ciclo.
Conscientize e capacite as pessoas
Venda a necessidade de mudanças para os profissionais e forneça as condições para que eles possam se qualificar para o novo cenário. O envolvimento das pessoas será determinante, porque, para ser ágil, cedo ou tarde, haverá a quebra das hierarquias.
Aprimorar processos
Promova mudanças nas atividades e etapas dos processos, principalmente para que seja mais fácil adaptá-los e flexibilizá-los. Aqui, o empoderamento dos colaboradores e a simplificação serão ações importantes.
Estimule a comunicação interna
Incentive o compartilhamento de conhecimento e experiências. A comunicação será determinante para compreender as particularidades da empresa, uma vez que os colaboradores estão mais próximos dos problemas do dia a dia da organização.
As dicas apresentadas serão úteis para dar os primeiros passos. No entanto, como muitas empresas já estão mais avançadas nas mudanças, você pode se beneficiar bastante de uma consultoria de gestão.
Isso ocorre porque os especialistas identificarão as deficiências e os pontos de melhoria do negócio, além de auxiliarem na implementação de pontos-chave, como Design Thinking, estrutura colaborativa e condições de gestão da mudança.
Sendo assim, a organização passará por uma transformação ágil assistida por profissionais com conhecimento e experiência na área. Logo, o know-how tornará o processo menos doloroso e mais célere.
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