É com muito orgulho que a Plano apoia iniciativas culturais, em especial nesse inicio de ano, a peça de Clarice Niskier “A esperança na caixa de chicletes Ping Pong”, inspirada no disco do cantor de música popular brasileira, o maranhense Zeca Baleiro.
A peça de Clarice Niskier tem um elo muito forte com a história da Plano e em como enxergamos o ambiente empresarial no presente e futuro. Clarice enxerga o país diante de um momento delicado, como uma crise política e econômica que refletiu na identidade, o que também notamos no ambiente das organizações.
É possível questionar a identidade de um país quando, em primeiro lugar, mergulhamos com a devida profundidade em quem realmente somos e almejamos.
Como partir, sem antes saber quem sou e o que me move? Afinal, é impossível partir de si mesmo. Clarice estaria ela “em alma e essência” em qualquer canto do planeta, com o mesmo vazio, sonhos e anseios. Sem saber o que de fato lhe preencheria, pois para tal, seria preciso navegar em seu íntimo.
Antes de partir para novas oportunidades no exterior (fora), Clarice, mesmo sem chão, parou para refletir sobre as razões para ficar (dentro).
Durante esse momento de pausa e autoconhecimento, lhe rendeu essa obra, no momento em cartaz no Rio de Janeiro, mas esperamos que muito em breve possa alcançar todo o Brasil, pois os brasileiros, sobretudo os artistas, precisam ouvir esse grito.
Qual a relação da arte, a peça “A esperança na caixa de chicletes ping ping e a Plano?
A dor e a delícia de ser quem é
O ambiente empresarial e corporativo ainda está repleto de dogmas intrínsecos na mentalidade de gestores, líderes e diretores experientes. A ideia que defendemos aqui na Plano é de que o DNA de cada organização precisa prevalecer, para além de padrões e mentalidades.
Não ajudamos a ‘criar’ uma identidade, pois ela já existe, mas não é enxergada, pois na maioria das vezes, os integrantes estão no próprio ‘mundo’, repleto de conceitos presentes numa zona cega.
E assim estamos nós, em nosso próprio solo, mas totalmente cegos para o real significado desse país para nossas vidas.
O papel da Plano nessa jornada é auxiliar diretores, líderes e colaboradores a enxerguem qual o seu (significado) dentro da organização, mas sendo quem é (pessoa), muito antes da sua função (trabalho).
Por que esse exercício é importante?
Uma organização está relacionada a postura, visão e comportamento dos seus integrantes para dizer ‘quem é’ e ter uma identidade. Não se insere um modelo como se fosse um ‘chip’ nas pessoas.
Mas compreende-se qual é o fator que torna a organização um ambiente humano para o alcance dos objetivos, e de que maneira a empresa tem uma representação na vida dos fundadores, líderes e colaboradores.
A Plano traz significados, porque ao adentrar num negócio com dificuldades, seja de gestão, identidade ou liderança, examina as engrenagens humanas.
Recorremos para além de softwares, como à psicologia de Jung, a filosofia e a ciência de Maturana, a sensibilidade e abertura do nosso time. Se o problema é humano, não vamos resolver com automação, tampouco iremos nos desconcentrar em decorrência dos ‘ecos’ externos.
Ouvimos, sentimos, e só assim conseguimos integrar e perceber uma identidade que não era vista. Clarice, antes de partir, ouviu seus artistas preferidos, reacendeu o seu amor pela música popular brasileira. Se re-encontrou na arte que pulsa em si.
Vislumbrou uma história, pois navegou no campo das emoções, foi além do tempo e espaço, e não teve medo de julgamentos. A quem sabe ser diferente, essa certeza pulsa na mesma intensidade que a incerteza, mas sem paralisar.
Quem é diferente não reage conforme o mercado, mas questiona o direcionamento de grandes grupos. O que estaria por trás de tais decisões coletivas?
A Plano é um grande centro de estudo humano, embora para compreensão clara nos coloquemos como consultoria empresarial. A nossa paixão é por gente, por quem constrói, muda, avança. Deliramos diante de grandes ideias apresentadas por estrelas que brilham aqui no nosso palco.
Gente está por trás de tudo e quando precisa tomar uma decisão que lhe traga saúde emocional e paz, nem sempre irá checar o noticiário econômico ou político, mas uma inteligência muito maior: a identidade, quem é, esse é o norte humano.
É com muita alegria que apoiamos a arte, pois dentre os nossos propósitos está transformar a maneira de gerir negócios, trazer vida, ciência, natureza e a disrupção tecnológica, que nasce através de todas essas fontes integradas a um cenário volátil.
A arte é uma ferramenta poderosa de transformação e diante de um desafio ou perda de sentido, que chamamos de sensemaking, buscar a razão de ser, encontrar tais gatilhos e sentir o pulsar dos nossos corações, é fundamental. A economia e a política precisa também fazer sentido no contexto de quem somos.
Ávidos na construção de uma atmosfera que possa suportar a grandeza dos sonhos para esse país e empresas do futuro.
A gente não desiste, persiste e transforma! Apoiamos pessoas que transformam, quem é diferente e anseia por uma identidade a partir de si, dos próprios sonhos, sombras e sementes, pois também estamos germinando nesse uno.
Não só direcionamos, mas crescemos junto, inspiramos e recebemos sopros de inspiração. Essa troca é cíclica por aqui.
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