A transformação organizacional com apoio dos frameworks ágeis na prática é um desafio enfrentado por muitas empresas.
Atualmente, existem cursos e certificações em Scrum, por exemplo, dentre outros frameworks, no entanto, a aplicação é o grande desafio, uma vez que existem barreiras como a cultura da organização e inflexibilidades comportamentais que podem dificultar a funcionalidade dos frameworks.
Nesse artigo vamos esclarecer brevemente como aplicar o de acordo com o contexto, além de encarar o principal desafio: pessoas!
Exemplos de estratégias para engajar a equipe na transformação organizacional com apoio dos frameworks ágeis na prática. Mudança importante para profissionais e empresas que desejam avançar e acompanhar as transformações rápidas do mundo VUCA.
O que é um mindset ágil?
Como em qualquer transformação organizacional, o foco será preparar a equipe, explicar o conceito a fundo, além de deixar clara a importância da mudança e o quanto irá agregar em crescimento e valorização do profissional, seja na própria empresa ou no mercado de trabalho que exige cada vez mais dinamismo.
O quadro de colaboradores precisa compreender sobre a necessidade da adequação e receber o preparo adequado para essa mudança. A falha de muitas empresas é já apresentar a técnica e esquecer de que existem hábitos enraizados pela própria cultura da organização, que consequentemente, está em processo de mudança.
Obviamente, a prática ágil e uso dos frameworks podem ser aplicados sem treinamento prévio, apenas seguindo a técnica, mas a diferença irá repercutir nos resultados e no engajamento da equipe.
Quando todos caminham na mesma direção e compartilham de propósitos em comum, as chances de atingir performances excelentes são muito maiores.
Atributos que definem um ambiente ágil:
- Colaboração;
- Respeito;
- Foco na entrega de valor;
- Aprendizagem contínua;
- Adaptação à mudança.
O trabalho de preparo da mentalidade da equipe para a aplicação de frameworks ágeis na prática organizacional, geralmente é ministrado por um profissional agile coach.
Equipes auto-organizadas
Um dos fundamentos dos frameworks ágeis na prática é atuar com equipes auto-organizadas e autônomas, capazes de tomar decisões e fazer escolhas assertivas em ambientes colaborativos.
Essa é uma abordagem comum no framework Scrum. Cada membro aplica a sua especialidade e conhecimento, o que melhora o rendimento e eficiência do time. Por se tratar de uma organização dinâmica e autônoma, o gerente de projetos irá atuar como um líder ou intermediador de soluções, caso ocorra possíveis impedimentos que atrapalhem o rendimento da equipe.
Todos possuem o mesmo nível de responsabilidade e compromisso com a entrega dentro do prazo, além do valor do serviço prestado. O Scrum é um framework e não uma metodologia, pois é ajustável aos diferentes cenários, de acordo com as necessidades da equipe.
O trabalho na construção de equipes auto-organizadas é intermediado por um profissional Scrum Master.
Como enfrentar as resistências?
Esse é outro desafio comum na transformação organizacional com apoio dos frameworks ágeis na prática. Além de passar por uma transformação interna, no modo de executar o trabalho, gerenciar pessoas e todos os processos, existem organizações que junto a esse cenário, também passam por mudanças culturais necessárias.
Quando o gestor/diretor opta por aplicar os frameworks, por exemplo, para colaboradores que sabem pouco sobre a função dessas ferramentas ou mesmo desconhece, já ocorre a partir disso uma mudança na cultura organizacional da empresa.
Existe a aplicação de novas ferramentas de trabalho que modificam a maneira pela qual os colabores interagem entre si. Muitas vezes, interações novas também ocorrem, fazendo a imersão de setores que antes atuavam isoladamente, por exemplo.
Tudo isso é muito positivo para o enriquecimento cultural da empresa e expansão do conhecimento da equipe. É importante que essas vantagens estejam claras para os colaboradores.
Todas essas mudanças na rotina de trabalho, consecutivamente geram transformações simultâneas na cultura da empresa. Contudo, resistências podem existir, muitas vezes, por parte da própria liderança e gestores, pois na prática essas mudanças mexem com crenças e modelos mentais que já persistem por muito tempo.
O que fazer quanto às resistências? Investir em treinamentos e ter em mente qual o propósito da empresa ao aplicar os frameworks. Lembrando que a cultura organizacional deve estar em sintonia com o dinamismo e a colaboração mútua que a ferramenta irá exigir por parte da equipe.
Quando existe treinamento e prática, dia após dia, o cérebro será moldado para um novo aprendizado e perspectiva, mas para isso é preciso abertura e flexibilidade.
Restou alguma dúvida ou deseja comentar sobre os desafios ao aplicar framewoks na prática, escreva abaixo a sua observação.
Leia também:
Habilidades sociais ‘soft skills’ serão determinantes para empresas e colaboradores do futuro