Environmental, Social and Governance (Meio Ambiente, Social e Governança), o conceito ESG veio para ficar.
O termo ganhou força mesmo no período da pandemia, quando os maiores investidores do mundo passaram a priorizar ações com foco socioambiental.
Fundos com premissas socioambientais já atingiram a marca de 1 trilhão de dólares e segundo levantamento realizado pela Morningstar e pela Capital Reset em 2020, foi mostrado que investidores pretendiam abandonar produtos que não correspondessem ao padrão ESG.
Muitas pessoas viam o termo ESG apenas como a ‘trending’ do momento, mas a realidade é que organizações do mundo todo estão de olho em como poderão implementar essas regras de sustentabilidade em sua cultura e processos. Já os investidores… não param de olhar para esse critério.
A Plano já atua com foco no ESG há muito tempo e, na verdade, esse conceito já tomava corpo em 2005, por conta do relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), em parceria com o Banco Mundial, intitulado Who Cares Win (Quem se importa, vence), que contava na ocasião com a participação de instituições financeiras de nove países.
Como o ESG gera valor às organizações?
Em novembro de 2019, a Mckinsey, publicava seu levantamento Five ways that ESG creates value (5 maneiras pelas quais o ESG cria valor).
O primeiro ponto levantado pelo relatório era o de que toda organização naturalmente está envolvida com o meio ambiente, sociedade e governança, sendo assim, o ESG se torna, sob essa perspectiva, o padrão global a ser seguido.
Environmental (Meio Ambiente)
O E da sigla está relacionado a como uma organização lida com os recursos que recebe, a como os descarta e com as consequências à sociedade. Toda empresa afeta e é afetada pelo meio ambiente e não se pode ignorar isso.
Social (Sociedade)
O S está ligado ao relacionamento que uma empresa mantém com todos os públicos de interesse (stakeholders) e comunidades localizadas no ambiente no qual está inserida. O social se relaciona com as relações de trabalho estabelecidas, diversidade e inclusão. Toda organização está inserida em uma sociedade diversa.
Governance (Governança)
O G é outro caminho desafiador dentro do ESG. Está ligado ao sistema de práticas, controle e processos em uma organização, assim como de que maneira a empresa administra a si mesma, toma decisões efetivas, lida com o compliance e com as necessidades de seu vasto público.
Toda empresa, que por si só é uma criação legal, exige governança.
As 5 maneiras de criação de valor por meio do critério ESG, segundo o relatório, são:
- Crescimento de primeira linha – Empresas B2B e B2C têm a responsabilidade de oferecer produtos que englobem a sustentabilidade. Além disso, o que se espera é que o acesso aos recursos para produção seja por meio de relações mais estreitas com a comunidade e governo;
- Redução de custos – Quais ações sustentáveis são implementadas no dia a dia da organização, como menor consumo de energia, redução do consumo de água, etc.?
- Regulamentação em dia – Atuar dentro das regulamentações leva a organização a uma maior liberdade estratégica. É fundamental pensar em como alcançar subsídios e apoio governamental;
- Aumento da produtividade – O aumento da motivação dos times também está ligado à credibilidade que uma organização tem na sociedade;
- Otimização de investimentos e ativos – Tem ligação com a melhor alocação de capital de longo prazo, com exemplo de instalações e equipamentos mais sustentáveis. Além disso, organizações devem evitar investimentos que possam impactar negativamente o meio ambiente no futuro.
ESG impacta fortemente na força de trabalho – O que isso quer dizer?
Em relatório publicado pela Marsh & McLennan, mostrou que as empresas relatadas por funcionários como os lugares mais satisfatórios para se trabalhar, possuem pontuação ESG alta.
Negócios que buscam compreender as pessoas que compõem os seus times e lideranças, são aquelas que mais geram satisfação e atraem novos talentos, além disso, são ambientes que contam com a diversidade.
Os Millennials e a Geração Z representam atualmente uma porcentagem cada vez maior na força de trabalho, ou seja, talentos diversos estão espalhados pelo mundo e estão procurando por empresas que vivenciam aquilo que dizem acreditar e ser.
Talvez você ainda acredite que o ESG no Brasil não terá tanta força quanto se tem falado principalmente nos Estados Unidos e Europa, mas sobre uma coisa não se pode duvidar: organizações com foco global, precisam se desafiar a serem ESG, porque não se trata de moda, mas de uma nova realidade!
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