Fala-se muito em equipes colaborativas sem considerar as muitas complexidades que isso envolve.
Na Plano, faz parte de nossa cultura trabalhar com times colaborativos e na prática sabemos que não é algo simples, já que envolve pessoas e suas particularidades, ainda mais diante do cenário remoto que se mantém em muitas organizações após a pandemia.
Tudo tem início na cultura organizacional
Não se pode falar em colaboração sem mencionar a cultura de uma empresa. Em ambientes em que a hierarquia é vertical, por exemplo, de cima para baixo, a probabilidade de o negócio contar com uma equipe colaborativa é zero.
E para quem acredita que construir times colaborativos é simples, há um grande engano, afinal, são pessoas diferentes, com suas complexidades pessoais e suas diferentes habilidades, convivendo e interagindo.
Verdade é que equipes bem conduzidas otimizam o tempo, ampliam a busca por melhorias, incrementam a competitividade e todos ganham: empresas e clientes.
O que atrapalha na colaboração no trabalho?
Ainda estamos diante de um cenário em que muitas organizações mantêm a maior parte de suas operações de maneira remota e mesmo em um pensamento “pós-pandemia”, muitas empresas continuarão com o funcionamento total ou parcial home office.
O trabalho remoto foi muito mais desafiador para empresas que ainda não vivenciavam a importância e o valor do trabalho colaborativo. Alinhar a comunicação e conseguir unir as habilidades se mostrou uma complexa novidade para muitos gestores.
Quais os principais obstáculos da colaboração?
Individualismo e ausência de objetivos
Ainda por conta de uma tradição de liderança vertical, muitas organizações ainda têm essa visão individualista propagada à equipe.
As pessoas têm a sensação de que se compartilharem os seus conhecimentos podem “perder” a sua função.
E outro fator que limita o trabalho colaborativo é a ausência de objetivos, por isso é tão importante uma liderança capaz de ajudar na definição clara de objetivos, para que todos se sintam pertencentes na busca por alcançá-los.
Liderança sem preparo
O que também atrapalha é uma liderança sem estrutura para uma realidade colaborativa. É preciso que existam líderes que formem equipes de alto desempenho, que consigam ajudar na identificação das habilidades de cada integrante e como poderiam ser unidas da melhor maneira.
Ausência de comprometimento
O trabalho colaborativo só é efetivo quando toda a equipe se mostra verdadeiramente comprometida para que os objetivos sejam alcançados.
É preciso que haja respeito a todos os envolvidos: clientes, parceiros, líderes e aos prazos estabelecidos para a entrega das demandas.
Comportamento inflexível
Onde há inflexibilidade não pode existir trabalho em equipe, portanto esse é um obstáculo não apenas do time, mas que deve ser assumido individualmente por cada integrante.
As ideias são distintas, assim como as personalidades e comportamentos, mas visando um objetivo, é necessário quebrar barreiras relacionadas ao próprio ego.
Se as pessoas não se sentirem pertencentes e se não se desafiarem também em nível pessoal, ficará difícil estabelecer uma colaboração genuína e que traga benefícios à organização.
Comunicação falha
O que pode atrapalhar na colaboração no trabalho também é uma comunicação falha. É preciso esclarecer todas as dúvidas e estabelecer os momentos de alinhamento de informações.
Muitas empresas confundem o alinhamento da comunicação com o excesso de reuniões, mas, inclusive, cada reunião precisa ter um propósito e, em muitos casos, reuniões estabelecidas sem foco, mais podem atrapalhar do que trazer benefícios às organizações.
Falta de sinergia
Deve ser habilidade da liderança conseguir unir as pessoas certas para determinado projeto. E se, por acaso, for necessária a união de pessoas com personalidades e habilidades muito distintas, mas que podem agregar, é fundamental que essa interação seja bem moderada pela liderança.
Aceitação das diferenças
Talvez o mais complexo obstáculo seja a compreensão sobre as diferenças em um grupo e a capacidade de ouvir e de quem sabe dar ao outro a força de que necessita.
Não se trata de uma força qualquer, mas de um apoio de estar à disposição, de ajudar a preparar o melhor caminho para que os objetivos em comum sejam alcançados.
Trabalhar em grupo, em uma colaboração intercultural também está ligado a estar junto, muitas vezes, além do profissional. Pode ter pessoas na equipe passando por algo que não julgam pertinente compartilhar e é preciso desenvolver uma sensibilidade ao olhar para o time.
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